// Introdução


“Ascensão” é um projecto musical de Pedro Marques que procurou assistir uma jovem artista – Rita Rocha – na sua entrada para o mundo profissional, criando o seu primeiro álbum num processo transparente para que qualquer artista em formação possa ver como tudo foi feito.

Desde a composição das músicas, à escrita das letras, ensaios, gravações, masterização e lançamento do álbum, tudo foi registado em fotografia por Ana Silva, acompanhada por filmagens de Tiago Nobre (também letrista de vários temas) assim como de André Tentugal (realizador veterano no mundo da música, tendo já trabalhado com artistas nacionais como Ana Moura, Gisela João, Manuel Cruz, etc).

A edição deste conteúdo para efeitos de promoção ficou depois nas mãos da realizadora/editora Ana Almeida e para efeitos de registo cinematográfico, foi editado um documentário pelo realizador Nuno Rocha que, num formato mais narrativo, explicará como tudo foi criado.

“Ascensão” foi um projecto laborioso que empregou mais de 50 pessoas, incluindo 35 músicos e múltiplos técnicos de áreas distintas

Tanto o álbum como o conteúdo fulcral do projecto estão agora aqui disponíveis porque esperamos que isso esclareça e inspire mais experiências deste género.

Adicionalmente, na fase final de produção, também foram feitas apresentações em escolas, onde Rita Rocha pode participar em debates e explicar, tanto a professores como alunos, como foi fazer um álbum numa idade tão jovem, ao mesmo tempo que geria a sua vida pessoal e escolar.

Os poemas das letras das canções são escritos por Tiago Nobre, Rita Rocha e Pedro Marques. O álbum criado, onde a voz de Rita Rocha será acompanhada por orquestra e instrumentos adicionais, intitula-se “(…)”.

// Composição

A composição das músicas foi inicialmente liderada por Pedro Marques, focando-se num estilo de canção clássica portuguesa de uma época em que a electrónica não era a influência central, abundando ainda estilos clássicos acústicos.

Este processo acabou por ser colaborativo porque Rita Rocha naturalmente desenvolveu as suas próprias intenções artísticas.
Ficou rapidamente clara uma das maiores intenções deste projecto: a importância de dar a estes jovens uma voz que vai para além do que estão a cantar. Correndo o risco de generalizar, o mais comum no mundo da edição discográfica nestas idades é que lhes sejam imbuídos estilos e objectivos exclusivamente comerciais, assim como calendários de produção asfixiantes de tão urgentes que são.

“Ascensão” optou pelo caminho oposto.

Ficou rapidamente clara uma das maiores intenções deste projecto: a importância de dar a estes jovens uma voz que vai para além do que estão a cantar.

Rita e Pedro trabalharam na composição das músicas, juntamente com Tiago Nobre, num calendário que se estendeu por meses, sempre tendo em conta as obrigações escolares de Rita, que começou o projecto com apenas 14 anos. Os pais de Rita estiveram presentes nas sessões de composição (quando lhes era possível), estando a porta do estúdio sempre aberta a visitas.

Este ambiente familiar e relaxado de trabalho foi crucial para que Rita se sentisse cada vez mais à vontade para exprimir opiniões, incorporar influências artísticas da sua geração, ou para que simplesmente aprendesse e desse o seu melhor porque sabia desde o início que o álbum também era seu. Prioridade máxima foi dada à qualidade do trabalho produzido.

Múltiplos vídeos e fotografias da fase de composição estão agora nas redes sociais de Rita Rocha, assim como de Pedro Marques. Agora também nesta página, mais abaixo, se encontra disponível o documentário de Nuno Rocha, caso queiram analisar este processo mais de perto.

// Ensaios

Já a terceira e última fase dos ensaios, foi notavelmente mais técnica e minuciosa, pois contou com a presença de vários músicos profissionais que iriam depois gravar os temas em estúdio, como parte da orquestra (“Douro Chamber Orchestra”). Esta fase foi especialmente importante para a aprendizagem de Rita, pois além do compositor Pedro Marques esteve também presente o maestro Valter Mateus, que iria depois dirigir a orquestra nos dias de gravação de estúdio. Foi aqui que muitos dos conceitos e ideias criadas nas sessões de composição se viram pela primeira vez frente a frente com a realidade das gravações que se avizinhavam.
O objectivo de “Ascensão” foi sempre que Rita acompanhasse todas as fases de uma produção elaborada de um álbum musical para que, daqui para a frente, isso não a intimide ao ponto de deferir a sua voz criativa, cedendo por insegurança ou inexperiência.
No entanto, todo o trabalho extensivo feito até este momento só serviu um único propósito: a preparação para as gravações finais

“O objectivo de “Ascensão” foi sempre que Rita acompanhasse todas as fases de uma produção elaborada de um álbum musical(…)”

Numa segunda fase, a incorporação de um trio de cordas, composto por colegas de escola da Rita, foi gradualmente manifestando a composição das melodias, ainda num ambiente relaxado, que permitia a experimentação e sugestão de ideias novas.
Já a terceira e última fase dos ensaios, foi notavelmente mais técnica e minuciosa, pois contou com a presença de vários músicos profissionais que iriam depois gravar os temas em estúdio, como parte da orquestra (“Douro Chamber Orchestra”). Esta fase foi especialmente importante para a aprendizagem de Rita, pois além do compositor Pedro Marques esteve também presente o maestro Valter Mateus, que iria depois dirigir a orquestra nos dias de gravação de estúdio. Foi aqui que muitos dos conceitos e ideias criadas nas sessões de composição se viram pela primeira vez frente a frente com a realidade das gravações que se avizinhavam.